domingo, 15 de novembro de 2015

Grupo de Dança Pestinhas

23 anos ao serviço da dança, 
da cultura e da ocupação de tempos livres


O Grupo de Dança Pestinhas, da Gafanha da Nazaré, fundado há 23 anos, nasceu de um sonho de Helena Manuela, porque gostava de dançar e achava que faltava uma instituição desta natureza na nossa terra. Do sonho, saltou para a realidade com «oito miúdas, entre os cinco e os 18 anos, numa garagem, com música gravada em cassete». E a primeira atuação, diz-nos a fundadora e diretora, foi numa festa da catequese. Na altura, recorda, «o grupo apresentou uma dança aeróbica, com ritmo usual há 23 anos».

Helena Manuela desfia recordações com o entusiasmo de quem sente com alma esses tempos da fundação, frisando que «os aplausos da primeira participação foram tantos que nos estimularam a continuar». Até hoje, salienta.

Começou com meninas, mas de vez em quando têm surgido alguns meninos que, entretanto, desistem, porventura por não se sentirem tão à vontade. O grupo começa a evoluir e as atuações tornam-se mais frequentes, sobretudo nas festas populares da Gafanha da Nazaré e terras vizinhas, sendo notório o apoio das populações, com aplausos que «nos entusiasmam a continuar». 

sábado, 14 de novembro de 2015

Comunidade da Chave e o gosto de servir

Deolinda Costa Ramos, 
uma responsável pela Igreja da Chave


Deolinda Costa Ramos, casada com Carlos Alberto Ramos, duas filhas e uma neta, é uma dedicada colaboradora da Igreja na Gafanha da Nazaré, mais concretamente na comunidade da Chave, assumindo tarefas com responsabilidade. 
Veio em menina para a nossa terra depois de concluir a 4.ª classe em Antime, Fafe, e quando chegou entrou no mundo laboral, numa época em que não se contestava o trabalho infantil. Radicada na Chave, ali sempre a conhecemos como pessoa disponível e atenta à vida da Igreja e suas necessidades, nunca virando a cara às tarefas que importa fazer, sempre com um sorriso no rosto.
Deolinda não aceita protagonismos, lembrando constantemente, durante a conversa que mantivemos com ela, que faz parte de um grupo em que a entreajuda é a mola-real da comunidade católica.
Sublinha que há três grupos com a tarefa de cuidar da limpeza, asseio e ornamentação do templo, sendo ela apenas a responsável por um deles. Mas na preparação para a Eucaristia, todos os sábados às 17 horas, a Deolinda escolhe os cânticos adequados aos tempos litúrgicos, dirigindo o pequeno grupo coral com o Manuel Serafim ao órgão. E disse que antes da missa há a reza do terço, pelo que tem de abrir a porta da igreja às 16 horas.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Forte Novo ou Castelo da Gafanha

 Um pouco de história

Forte Novo

Temos da convir que um qualquer motivo de interesse turístico ganha ou perde conforme o concelho a que pertence ou não pertence. Assim acontece com o Forte da Barra de Aveiro, localizado na ilha da Mó do Meio, Gafanha da Nazaré, concelho de Ílhavo, considerado imóvel de interesse público pelo Decreto - Lei n.º 735/74 de 21 de Dezembro, e muito esquecido dos roteiros postos à disposição de quantos visitam esta encantadora região. Integrado num outro enquadramento turístico, talvez fosse mais lembrado pelos que têm responsabilidades no sector. É certo que o estado de algum abandono a que foi votado muito tem contribuído para que dali se desviem os mais sensíveis a tudo quanto de algum modo faça recordar o nosso passado, muito embora se reconheça que o Forte da Barra não terá sido grande baluarte de defesa da foz do Vouga e desta zona ribeirinha.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A Ponte da Cambeia

Um pouco das suas estórias
A minha família 

A Ponte da Cambeia era, na minha infância, o centro de muita vida. Ali esperávamos os barcos mercantéis que traziam, das feiras de Aveiro e da Vista Alegre, as mercadorias adquiridas pelos gafanhões. Eram entregues ao barqueiro, com sinais identificativos, e na hora combinada, conforme a maré, eram esperadas pelos seus donos. Nesta ponte e noutros locais das Gafanhas. Quando havia atraso, os barqueiros deixavam-nas ali mesmo, na certeza de que não haveria ladrões. Cheguei a ver porquitos de patas atadas para não fugirem.
Na ponte, pudemos assistir a manobras arriscadas, em dias de temporal, com os homens do leme a orientarem as embarcações, com rigor, velas arriadas, para passarem sem perigo. Nadava-se, conversava-se, atiravam-se piadas aos barqueiros, com perguntas ingénuas e algumas vezes maldosas: «Quem é o macaco que vai ao leme?»
Recordo-me bem da pesca do safio e do polvo. Vara forte, com arame numa ponta. Preso tinha o anzol. Enfiava-se na toca onde se refugiavam e esperava-se que atacassem o isco. Depois, com força, puxava-se, puxava-se, que eles oferecia enorme resistência.
Com estas lembranças, como não hei de ter pena de a Ponte da Cambeia ter morrido sem glória?
Sei que não era uma ponte romana nem coisa que se parecesse. Mas era a nossa Ponte. Ponte do lugar da Cambeia, da Gafanha da Nazaré.

Fernando Martins

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Uma visita ao Lar Nossa Senhora da Nazaré

Ermelinda Garcez e Adelaide Calado 
são exemplo para todos nós

Ermelinda, Adelaide e Fernando Martins
Ermelinda Garcez e Adelaide Calado participaram e animaram a Eucaristia na sexta-feira, 25 de setembro, dia em que visitámos o Lar. Vimos como cantavam, como liam os textos sagrados e como distribuíam água aos participantes idosos ou doentes depois da comunhão, «porque alguns têm dificuldade em engolir a hóstia consagrada», disseram-nos. Depois encaminharam os utentes para as salas de convívio e respondiam às suas questões ou desejos, com palavras ternas para todos.
A celebração foi presidida pelo Padre João Sarrico, atual capelão do Lar Nossa Senhora da Nazaré e vigário paroquial das Gafanhas da Nazaré, Encarnação e Carmo. Depois da missa, foi distribuir a comunhão aos acamados e no final confidenciou-nos que gosta do trabalho que aceitou fazer, tal como gosta de estar e falar com as pessoas. «Toda a vida fui pároco», disse. E acrescentou que, com esta missão, «acaba por dar o seu próprio testemunho», reconhecendo que há utentes mais novos do que ele, embora doentes ou incapacitados.

domingo, 11 de outubro de 2015

Gafanha da Nazaré: Rua Júlio Dinis

Um primo do escritor tinha na GAFANHA 
uma elegante propriedade rural 

A homenagem ao escritor Júlio Dinis, de seu nome de baptismo Joaquim Guilherme Gomes Coelho (1839-1871), é mais do que justa. Autor de romances célebres, dos mais lidos da literatura portuguesa, bem compreendidos pelo povo, figura com propriedade na toponímia da Gafanha da Nazaré. E se soubermos que o romancista andou pela nossa terra e dela falou em termos encomiásticos, então mais naturalmente aceitaremos a razão por que o seu nome é lembrado a toda a hora pelo nosso povo e por quem nos visita. 
A Rua Júlio Dinis começa, podemos dizer, junto ao café Palmeira, quando se sai da Av. José Estêvão para o lado sul, serpenteando a Marinha Velha, até encontrar a Rua António Sardinha. Atravessa uma significativa parte daquele lugar da nossa terra, cujo nome herdou de uma velha marinha de sal que por ali existiu. 

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

D. António Marcelino e a comunicação social regional

Um homem inquieto e determinado,  
participativo e voluntarioso



«Convicto da importância dos meios de comunicação social na ação pastoral, propus-me entrar no "Correio do Vouga" e estabelecer com os leitores um encontro semanal. O jornal é um púlpito privilegiado. O bispo não pode esquecer nem dispensar esta tribuna. Do interesse concreto deste encontro, dirão os leitores.»

Com estas palavras, iniciou D. António Marcelino a sua colaboração no semanário diocesano em 13 de março de 1981, na qualidade de Bispo Coadjutor de D. Manuel de Almeida Trindade. Entrou na Diocese de Aveiro em 1 de fevereiro do mesmo ano, depois de ter sido Bispo Auxiliar do Patriarcado de Lisboa. Com a resignação de D. Manuel, passa a Bispo Residencial em 20 de janeiro de 1988. Agora, como Bispo Emérito, vai continuar entre nós, porque se sente aveirense de pleno direito, identificando-se com as alegrias e tristezas, sonhos e projetos da vida destas gentes do mar, ria e serra.
Um quarto de século depois da sua chegada à cidade dos canais, o observador atento não pode deixar de registar que foi altamente positiva aquela decisão do então Bispo Coadjutor. Desde essa altura, os seus escritos foram esperados semana a semana com curiosidade e com interesse. Com curiosidade, para se saber que temas iriam ser abordados; com interesse, por se pressentir que em todos haveria algo a aprender ou a refletir, sobre o quotidiano do povo e das comunidades.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Carros de bois puxados por homens

Construção da igreja matriz 
da Gafanha da Nazaré

«A capela que servia toda a Gafanha e que se situava no lugar da Chave era muito pequena pois tinha somente uns 20 metros de comprimento por oito de largura. Muito antes das missas já ela se encontrava repleta e o senhor prior, algumas vezes, tinha dificuldades em passar para abrir a porta.
O povo da Marinha Velha era o mais sacrificado pois, no inverno, tinha de passar maus caminhos. Mas posso dizer-lhe que o temporal não impedia que todos comparecessem. O povo de há 50 anos [com referência ao ano da entrevista] cumpria escrupulosamente os seus deveres religiosos e ainda me lembro de ver homens a caminho da igreja, descalços, de calças arregaçadas e de gabão pelos ombros.
Foi na Marinha Velha que nasceu a ideia da nova igreja e lá se formou a comissão que ficou assim constituída: António Ribau, Manuel Joaquim Ribau, Manuel José Ribau, João Maria Casqueira, João Pata Novo e António Pata. O terreno foi oferecido pelos senhores António Ribau e João Maria Casqueira.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Prior Sardo, fundador e “rei”

Padre João Ferreira Sardo

“Em artigo publicado em "O Ilhavense", no dia 1 de Dezembro de 1958, o Padre Resende afirma que o Prior Sardo «dava ordens e directrizes em que era obedecido sem restrições ou quaisquer objecções, criando por esta forma ambiente favorável à criação da freguesia, que ele desde há muito trazia em mente». Noutro passo do seu artigo, garante que o Prior Sardo era considerado «o rei daquelas terras», sendo o primeiro a entender, «diante de Deus e dos homens, que devia interferir oportunamente com a sua autorizada acção e eficaz campanha na independência desejada». Assim, «reconheceu a necessidade de ingressar nos segredos da política dominante e agir dentro dela, como era costume, naqueles tempos, qualquer entidade que solicitasse uma mercê»”.


Fernando Martins 
in “Gafanha da Nazaré, 100 anos de vida”, 
pág, 80-81

Nota: Excerto de um texto publicado no "Correio do Vouga" em 8 de setembro de 2010

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O Búzio



«Tão pobrezinha [a primeira capela] que estava desprovida de torre, ou simples campanário, e de sinos.
Sem campanário, sem sinos… Como remediar a falta? Como convocar os fiéis para a santa Missa, para o exercício do culto divino?
Tem o seu quê de regional e de poético a maneira como remediaram a falta e como convocavam os fiéis ao templo. No dealbar do dia, ou à tarde ao mergulhar suave e majestoso do sol nas águas do Oceano, conforme a convocação se fizesse para o Santo Sacrifício ou para as orações da manhã ou da noite, um repolhudo gafanhão, improvisado de sacrista, dirigia-se para o templozinho cheio de misticismo, descalço, de cuecas a cair sobre a rótula, cingidas pelo cós com um só botão às ancas espadaúdas. De barrete pendente sobre as orelhas, contas ao pescoço sobre a baeta da camisola, e de gabão velho, esburacado, deixava fustigar pelo vento da madrugada as canelas magras e nuas.

Pela Positiva

Correio do Vouga, 9 de janeiro de 2008



 http//www.pela-positiva.blogspot.com


Para iniciar esta rubrica na parte dos blogs, não poderia deixar de vos presentear com um dos melhores blogs escrito por Aveirenses. É um projecto muito interessante e deveras tentador, no sentido de que nos obriga a passar por lá todos os dias, dada a sua actualização permanente com conteúdos abrangentes e escritos pela “mão” do autor, não se limitando a copiar textos que encontra pela blogosfera, sendo este um dos requisitos que considero essênciais para a consistência e solidez de um blog. O blog do professor e diácono da nossa diocese Fernando Martins é seguramente disso exemplo. Como ele próprio afirma, o “PELA POSITIVA vai continuar a apostar, numa actualização permanente, à medida das minhas forças. O respeito pela linha definida desde a primeira hora será sempre seguido”. Posso assegurar-vos que efectivamente é verdade, dado que acompanho este projecto já há alguns anos e é claramente uma das minhas paragens habituais, quando navego pela blogosfera.

sábado, 3 de outubro de 2015

Crises geram solidariedade

Texto publicado em 2012

A família está em mudança com a crise, 
a tecnologia, a indefinição na educação. 
Desafios e oportunidades.

Família numerosa

“Com as crises a vários níveis e nos mais diversos setores, a criança acaba por ser o elo mais fraco” na conjuntura atual, garantiu Paulo Costa, vereador da Câmara Municipal de Ílhavo (CMI) e presidente da CPCJ (Comissão de Proteção de Crianças e Jovens), no II Encontro promovido por aquela organização de âmbito concelhio, que se realizou na sexta-feira, 12 de outubro, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, para debater os “Novos Desafios e Oportunidades para as Famílias em Mudança”.
Paulo Costa adiantou que foram abordados temas pertinentes sobre o “impacto dos novos modelos de família na vida da criança”. Trata-se de uma ação, esclareceu, que “nos prepara para atuarmos com mais consistência e saber nas nossas comissões”. E sublinhou: “Abordámos os novos conceitos de família, o divórcio, a emigração e imigração, tudo o que está a mexer com aquilo que é a estrutura tradicional da nossas famílias.”

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Ria em festa com Senhora dos Navegantes — 2015

Nossa Senhora dos Navegantes

Como manda a tradição, realizou-se na Gafanha da Nazaré, em 20 de setembro, a festa em Honra de Nossa Senhora dos Navegantes, venerada há muito pelos que labutam nas ondas do mar e nas águas por vezes tumultuosas da laguna aveirense, mas também pelos seus familiares e amigos. Não haverá por estas bandas quem não tenha, direta ou indiretamente, alguém envolvido nas lides marítimas ou da ria. Daí o interesse natural por esta festa que, antigamente, se celebrava na segunda-feira depois da festa da Senhora da Saúde na Costa Nova, que ocorria no domingo.
Com a procissão lagunar, instituída em 1976 pelo saudoso Padre Miguel Lencastre (ver Postal Ilustrado na última página), os festejos saíram enriquecidos, atraindo, por isso, inúmeros devotos, curiosos e demais pessoas que apreciam a Ria engalanada com barcos e barquinhos enfeitados e cheios de gente de todas as idades. Este ano, com céu limpo e temperatura amena, sem grandes ventos e com muita alegria, o prazer da viagem que ligou o porto bacalhoeiro ao Forte da Barra saiu beneficiado. E a passagem por São Jacinto, que associa a Senhora das Areias, com devoção e espírito de fraterna amizade, à Senhora dos Navegantes, representa, indubitavelmente, uma mais-valia a preservar.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Os gafanhões vistos por outros

Um gafanhão, cujo nome desconheço

Não podemos ignorar que os primeiros povoadores destas dunas eram pessoas simples, pouco ou nada afeitas a letras e leituras, muito menos a qualquer tipo de cultura académica. O seu saber era de experiência feito, à custa de muita labuta de sol a sol. Viviam do que cultivavam, porque não havia dinheiro para compras fora da terra que iam conquistando, palmo a palmo, adubando as areias estéreis com o suor que lhes caía do rosto queimado pelo sol salgado da maresia.
Frederico de Moura, que foi médico em Vagos, escritor, político e homem da cultura, conhecedor profundo da alma e da determinação da nossa gente, em frases realistas, quais pedras preciosas buriladas, diz assim:

«O gafanhão — ou o avô do gafanhão — quando se foi às lombas para as cultivar sabia que ia investir contra vidro moído totalmente carenciado de matéria orgânica que desse qualquer quentura ao berço de uma planta. Ele bem via a mica a faiscar-lhe no lombo e bem sentia o vento a transmutar-lhe, de momento a momento, o versátil.
«Não se foi a ela com a esperança do filho que se achega ao colo maternal e ao seio opíparo que destila o leite da humana ternura. Nada disso! Ao invés, investiu com ela como enteado que não espera da madrasta a carícia rica de promessas, nem a generosidade que dá o pão milagroso…
«Quem surriba chão de areia não encontra onde enterrar raízes de esperança e quem irriga duna virgem sabe que mija numa peneira! Quem lança a semente num ventre que é maninho não pode ter esperanças de fecundação. E, por isso, o gafanhão, antes de cultivar a lomba, teve de corrigir-lhe a esterilidade servindo-se da Ria que lhe passa à ilharga, procurando nela a nata com que amamentou a semente que deixou cair, amorosamente, naquele chão danado. E humanizou a duna.

(…)

segunda-feira, 18 de maio de 2015

O Linguajar dos Gafanhões


Desde que me envolvi no  mundo do ciberespaço, tenho mantido a preocupação de informar os meus leitores em geral e os gafanhões em particular sobre marcas da nossa identidade como povo que foi capaz de desbravar dunas inférteis, transformando-as em terras produtivas. 
Eu sei, todos sabemos, que a velocidade da história não dá azo a grandes preocupações sobre o nosso passado, tanto mais que o presente nos envolve e o futuro está aí apressado a convidar-nos à corrida para se atingirem metas impostas pelo progresso. 
Aqui ficam, pois, algumas considerações sobre os nossos antepassados, na esperança de que todos aprendam a concatenar os fios da história.

Meninas na Praia da Barra

Foto de meninas na Praia da Barra em 1958. Não imagino a estação do ano. Talvez nos  princípios  do Verão. Estariam  de passagem? Sei que er...