A festa dos Grandes Veleiros vai terminar amanhã no Porto de
Aveiro. Pelas 13 horas, os Veleiros estarão a sair a barra, continuando a regata, rumo a
outros portos.
Hoje, domingo, fui mais um visitante, integrando o número
elevado dos apaixonados por estes navios, cujas tripulações souberam, na parada
em direção ao Jardim Oudinot, animar a festa, com os seus cânticos, músicas,
tambores e muita alegria. De permeio, brincadeiras espontâneas participadas
pelos marujos e oficiais, mas ainda por muitos jovens que fizeram o seu batismo
de mar a bordo de alguns Veleiros.
O Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, uma sala de visitas
do concelho de Ílhavo já com projeção um pouco por toda a parte, estava
bastante animado, com as suas tendas de comes e bebes e com música ao vivo. Outras
tendas com artesanato e velharias ligadas ao mar, e não só, completavam a oferta
da festa, tudo programado e organizado pela Câmara Municipal de Ílhavo.
É pertinente destacar as visitas aos Veleiros, porventura o motivo que mais atraiu os amantes dos navios, com filas que exigiam espera. Contudo,
a animação de rua, o concurso musical das tripulações, o nautimodelismo e a
canoagem também atraíram muitos olhares, pelo que me garantiram.
Para as gentes da beira-mar e da ria, os navios, sobretudo
os veleiros, são sempre razão de festa. Está no ADN de cada um este gosto por
tudo quanto diz respeito a barcos, grandes ou pequenos. Há décadas, como bem
retenho na memória, a saída dos navios para a pesca do bacalhau, nos mares da Terra
Nova e da Gronelândia, chamava à boca da barra muita gente, talvez em jeito de
quem se despede dos que vão, sem se saber se há regresso. E meses depois,
anunciada a chegada dos navios pela onda curta da rádio, e confirmada pelas
empresas proprietárias, não faltava quem acorresse à barra, agora para saudar
quem regressava. Amanhã, pelas 13 horas, lá estarei para desejar boa viagem aos
Veleiros que nos visitaram este fim de semana.
Fernando Martins