Na madrugada clara, soalheira e fria destas latitudes, escutou-se uma voz longínqua, distante, muito distante mesmo, que apenas se percebia, mas que para alguns raros navios de atenção à rádio, a essa hora, soou como um brado de esperança e uma alvorada de aleluia.
Essa voz distante, confusa, falava português, chamava os lugres bacalhoeiros portugueses, designava mesmo os navios: Groenlândia, Maria Preciosa, Maria da Glória.
Mas vinha lá tão longe ainda, essa voz!...