No Centro de Recursos Mãe do Redentor
No passado domingo, 28 de fevereiro, realizou-se mais um almoço comunitário, no Centro de Recursos Mãe do Redentor. Salão cheio para 170 refeições, a 15 euros por pessoa, cujo lucro económico reverterá para as múltiplas despesas de uma comunidade católica ativa como a da Gafanha da Nazaré. Dizemos económica porque há outras vertentes tão ou mais importantes do que o dinheiro. Referimo-nos, concretamente, como bem salientou o Padre César Fernandes, ao espírito de partilha e de unidade, envolvendo pessoas de todos os lugares da paróquia. Mas ainda há uma mesa, de há dois anos para cá, de paroquianos da Encarnação, os quais se mostram gratos desta forma pela maneira como o povo da Nazaré colaborou em iniciativas do género daquela paróquia, em prol da igreja da Senhora da Encarnação.
Entrámos na cozinha perto das 13 horas. Ia iniciar-se a refeição e a azáfama era enorme naquele espaço fulcral, porque o desejo de quem ali trabalha tem sido o de servir muito bem, porque é fundamental estimular o gosto de estar presente nestes almoços.
Custódia Lopes, que colabora nesta tarefa há bons anos, disse que os trabalhos começam na sexta-feira anterior, com a preparação do salão, e no sábado a cozinha entra em ação com os cozinhados e outros preparativos.
Para este almoço, a azáfama começou no sábado. O chefe da equipa, Manuel Sardo, fez a aquisição dos ingredientes necessários, e toda a gente entrou em funções, sem margem para erros. A sopa de legumes fica por conta do chefe, «que não deixa ninguém pôr lá as mãos», garante a Custódia.
O “bacalhau à chefe”, que é passado por farinha e ovo, com uma pequena fritura, vai depois ao forno, a que se acrescenta uma cebolada. É acompanhado com batata cozida. Afirma a Custódia que as sobremesas tinham salada de frutas e doces oferecidos por alguns participantes. Vinhos e sumos são da conta da organização.
Operam na cozinha seis pessoas e cinco no serviço das mesas.
À volta dos tachos estava a Maria José, que alinha nesta cooperação desde que Manuel Sardo assumiu os almoços comunitários. E garante, com sorriso aberto, que na cozinha a sua especialidade «é fazer o que for preciso». Aliás, o sorriso era apanágio de toda a equipa.
A Maria José faz isto com gosto, tal como o seu marido e os demais que por ali se movimentam apressados, mas com ordem. Falou sem suspender o que estava a fazer.
Carlos Sardo dirige o serviço das mesas, sublinhando que a missão de todos é oferecer «o melhor possível para que todos se sintam bem e com vontade de voltar». «Há o cuidado de cozinhar com qualidade e de apresentar os pratos com gosto», frisou. E acrescenta que cada servidor das mesas atende 30 a 40 pessoas.
Sobre a animação, que porventura possa haver, Carlos Sardo adianta que só existe quando há alguém disponível para tocar e cantar.
Luís Conceição, que participa na qualidade de membro do agrupamento dos escuteiros, diz que vem ajudar para bem da comunidade, «sempre que necessário», reconhecendo que «o convívio aproxima as pessoas e desenvolve o sentido de partilha». Lembrou ainda que, como escuteiro, está «Sempre Alerta para servir». E refere que gosta desta organização, salientando: «Em equipa que serve bem não se mexe, mas pode ser reforçada.»
Fernando Martins
Nota: Texto publicado no Timoneiro; Fotos de Custódia Lopes
Nota: Texto publicado no Timoneiro; Fotos de Custódia Lopes
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