Introdução «««««««
A Filarmónica Gafanhense, a mais antiga colectividade musical do concelho de Ílhavo e herdeira do trabalho incansável de muitos ilhavenses, quer continuar a crescer, dinamizando o ensino da música e levando, bem longe, o nome das terras que a viram nascer, há mais de 170 anos.
Sendo certo que uma banda se alimenta do esforço dos seus dirigentes, que dia a dia procuram atrair gente jovem que garanta o seu futuro, cada vez mais risonho e actuante, ao nível cultural, também é verdade que o empenho de todos, populações, autarcas e outras entidades, estatais e privadas, é fundamental e urgente. Com a cooperação amiga e solidária dos ílhavos, sejam eles da sede do concelho ou das Gafanhas, tudo se tornará mais fácil, no sentido de proporcionar à Música Velha (cognome que herdou de tempos áureos, que já lá vão há muito) as melhores condições para mais fazer pela cultura da rainha das artes, que é música.
Urge, pois, que ilhavenses e gafanhões saibam unir esforços, numa linha de respeito pelas nossas tradições e pelo nosso passado histórico, que têm mostrado do que são capazes as nossas gentes, quando mutuamente se apoiam para alcançarem objectivos comuns.
Nessa linha, a nova sede, ansiada por tantos dirigentes e associados, e prometida há anos pelas mais diversas forças políticas, virá contribuir, assim cremos, para que a Filarmónica Gafanhense ocupe um lugar de destaque no panorama musical regional e até nacional.
I – Os primeiros passos da Phylarmonia Ilhavense
Em 1836, nasce em Ílhavo a Phylarmonia Ilhavense, por iniciativa do magistrado António José da Rocha e do conselheiro José Ferreira da Cunha e Sousa, o qual, mais tarde, viria a ser Governador Civil de Aveiro. Eram amadores dramáticos e tinham organizado uma “Companhia” de curiosos que devia estrear-se num Teatro por eles construído numa dependência do Passal da freguesia, junto à igreja matriz da Ílhavo.
Para o primeiro espectáculo, convidaram a Filarmónica da Fábrica da Vista Alegre, fundada em 1826, que faltou, à última hora, por imposição do director daquela fábrica, que era de política contrária à dos organizadores.
Magoados com tal procedimento, aqueles ilhavenses encheram-se de brios e fundaram uma banda de música, tendo convidado para a dirigir José Vicente Soares, ex-regente de Bandas Militares, e, curiosamente, o primeiro regente da Banda da Vista Alegre. Depois deste, a Phylarmonia teve vários directores artísticos, nomeadamente Francisco dos Santos Barreto, que ocupou o cargo por mais tempo. Com a sua morte, a banda decaiu bastante, quase se extinguindo.
Em 1885, porém, passou a ser dirigida por João Conceição Barreto, o qual contribuiu para novo baptismo da banda, que passou a designar-se por Sociedade Filarmónica Ilhavense. Adoptou nessa altura o cognome de Música Velha. Outros regentes se lhe seguiram.
O padre João Rodrigues Franco, de Vagos, violinista distinto, acabou por abandonar a direcção artística da Filarmónica, por razões de saúde, não sem antes ter dado o seu melhor, no sentido de dotar a Filarmónica de uma organização capaz de lhe imprimir mais dignidade artística. Foi substituído por um espanhol, de apelido Serrano, imigrado político que vivia em Aveiro, que soube dar à banda uma modelar organização artística.
Depois deste, vários regentes dirigiram a Sociedade Filarmónica Ilhavense. Manuel Procópio de Carvalho foi um deles. Contudo, com a sua saída inesperada, foi convidado para o cargo o ilhavense Diniz Gomes, que lhe imprimiu um bom nível artístico, tendo mesmo, mercê da posição política que exercia no concelho, adquirido subsídios para aquisição do instrumental. Com a saída deste regente, veio João da Rocha Carola, que muito contribuiu para que a banda pudesse executar brilhantes concertos, vocais e instrumentais, inclusive em serviços religiosos, muito em voga nessa época, e em festas diversas, um pouco por todo o lado.
Marco Catarino, de Ílhavo, foi também regente, embora por pouco tempo, sendo substituído pelo seu conterrâneo Armando da Silva. No tempo deste regente, a Sociedade Filarmónica Ilhavense passou a denominar-se Associação Musical Filarmónica Ilhavense, tendo sido feito o seu registo no Governo Civil de Aveiro em 24 de Maio de 1934, conforme a Lei das Associações, datada de 14 de Fevereiro de 1907.
Com a saída deste último regente, foi o cargo ocupado pelo Ilhavense João Marques Ramalheira, mais conhecido por professor Guilhermino, que, devido ao facto de ser professor do Ensino Primário, conseguiu muitos e bons aprendizes, chegando a banda, no seu tempo, a ter cerca de 50 executantes.
Após a saída do professor Guilhermino Ramalheira, foi a regência assegurada pelo executante João Parada dos Santos (Balacó), de Vale de Ílhavo, que, por motivos de doença, não pôde dar à banda todo o tempo necessário. Por essa razão, e porque, aquando da saída do professor Guilhermino Ramalheira, ficara sem alguns dos seus melhores executantes, a Filarmónica Ilhavense decaiu um tanto.
Em 1956, mestre José Vidal, de Vale de Ílhavo, assume a regência da Filarmónica, melhorando de forma significativa a afinação da banda, ao mesmo tempo que proporciona aos seus executantes a autoconfiança que já lhes ia faltando.
Em 1961, José Vidal foi substituído por Manuel da Graça, também de Vale de Ílhavo. Este regente soube aproveitar o que mestre Vidal lhe deixara e conseguiu, graças ao seu apego ao trabalho, que a Filarmónica chegasse a ter 38 executantes. Mas o destino não era favorável a esta secular colectividade, e, em 1967, este lutador sucumbiu a uma doença grave, que lhe roubou a vida, num Sanatório do Caramulo.
Foi convidado, então, para a regência, José Venâncio, de Vagos, músico excelente da Banda da Vista Alegre, que, nos cinco meses que ensaiou a Filarmónica Ilhavense, conseguiu dar-lhe uma boa afinação, aperfeiçoando muito a parte técnica e artística. Emigrou para os Estados Unidos da América, não podendo, por isso, continuar o bom trabalho que tinha iniciado, com muito entusiasmo.
Sucedeu-lhe um executante e solista (fliscorne) José Ferreira Balseiro, da Quinta do Picado. Este reorganizou a banda, mas nela permaneceu por muito pouco tempo. O infortúnio pairava sobre a Música Velha de Ílhavo, tendo, com a saída deste último regente, em 1970, ocupado o cargo João da Fonseca, de Ílhavo. O desânimo começou a reinar nesta Sociedade Musical. Cada vez saíam mais executantes, a banda não se renovava, porque não tinha aprendizes, e em Fevereiro de 1972 esta “nau” fica novamente à deriva, sem timoneiro, isto é, sem o seu regente.
II – A Música Velha não podia morrer
A Música Velha não podia morrer. E para não morrer, tinha de mudar e de criar incentivos, atraindo aprendizes com vontade de continuarem na banda, depois de se tornarem executantes minimamente à altura.
Tinha pouco mais de meia dúzia de executantes. Mas até esses, sentindo a falta de apoios à Filarmónica e o abandono da maioria, chegaram a perder algum entusiasmo. Os poucos que restavam eram de Vale de Ílhavo, Lavandeira, Moitinhos, Bonsucesso, Gafanhas e Ílhavo. Dois de Ílhavo, pouco tempo tocaram na Música Velha, que se viu sem ajudas de qualquer entidade ou instituição, e sem o trabalho de ilhavenses apaixonados por este género musical, de tantas e tão antigas tradições na vila.
Em Abril de 1972, e numa última tentativa de salvar a Música Velha, os músicos que ainda permaneciam fiéis colocaram na regência um dos executantes resistentes. Dionísio Claro dos Santos Marta, natural de S. Salvador, Ílhavo, e residente na Gafanha da Nazaré, impôs apenas uma condição para aceitar o cargo: que fosse criada uma Escola de Música. Foi assim que o novo e inexperiente regente salvou a Filarmónica. Passou a deslocar-se a Ílhavo duas vezes por semana, para dar lições de música a novos aprendizes.
Infelizmente, contudo, a breve trecho ficaria sozinho e sem aprendizes, já que, em Ílhavo, não havia quem quisesse aprender música. Mas se em Ílhavo se verificou o desinteresse total pela aprendizagem da música, com destino à banda, na Gafanha da Nazaré começaram a surgir jovens que queriam aprender e que almejavam vestir a farda da Filarmónica.
Até meados de 1982 foram muitos os dirigentes que ficaram à frente da Associação. Nesse mesmo ano, no dia 30 de Abril, um grupo de cidadãos funda oficialmente a Escola de Música Gafanhense, na Gafanha da Nazaré, pois era nesta vila que apareciam jovens interessados em aprender música.
O objectivo desta escola recém-criada, desprovida de sede social e em regime de coabitação com a Filarmónica Ilhavense, era a formação musical dos seus sócios, através do pagamento de uma quota simbólica anual. A escola e a banda tinham como principal preocupação a formação de novos músicos para a banda, trabalhando assim em estreita colaboração para o desenvolvimento cultural da Gafanha da Nazaré.
III – Filarmónica Ilhavense (Música Velha) passa a Filarmónica Gafanhense
Durante as décadas de 80 e 90 do século passado, os sócios e executantes da Filarmónica organizaram vários peditórios e desenvolveram diversas actividades culturais na vila da Gafanha da Nazaré e noutras localidades. Foi uma forma, com base pedagógica, de angariar fundos para alimentar o projecto de construção de uma sede social que albergasse as duas associações. Anos mais tarde, já a Escola de Música Gafanhense tinha bastantes sócios, uma determinada quantia em dinheiro e um património significativo, uma vez que tudo quanto se adquiria era posto a nome da escola de Música, eis que ainda se adquiriu um terreno que se escriturou a nome da escola para se construir uma sede para as duas associações.
Em princípios de 1986, a Associação Musical Filarmónica Ilhavense (Música Velha) começou a festejar a passagem dos 150 anos da sua existência, e no dia 24 de Abril do mesmo ano, foi oficializada a sua constituição por uma escritura pública efectuada na Secretaria Notarial de Aveiro, titulando a existência de uma associação já desde 1836, agora denominada ASSOCIAÇÃO MUSICAL FILARMÓNICA ILHAVENSE, com sede na Vila e Concelho de Ílhavo, que passava a reger-se pelos estatutos então criados.
Entretanto, várias iniciativas culturais continuaram a ser levadas a cabo, no âmbito das referidas comemorações, tendo sido lavrada, no dia 13 de Outubro de 1986, na Secretaria Notarial de Aveiro, uma nova escritura, desta vez para alteração dos estatutos. Com essa alteração, ficou estabelecida a mudança de sede social da Música Velha para a Gafanha da Nazaré. A Associação Musical Filarmónica Ilhavense passou a designar-se, estatutariamente, FILARMÓNICA GAFANHENSE, como veio exarado no Diário da República, nº 273, de 26 de Novembro de 1986.
IV – O desinteresse de uns e o interesse de outros
Uma página da história da Música Velha acaba de ser virada. O desinteresse de uns e o interesse de outros, com decisões tomadas em local próprio e pelos próprios interessados, para além das circunstâncias atrás referidas, culminam nestas alterações. É então criada a Filarmónica Gafanhense, instituição que, embora sedeada na Gafanha da Nazaré, é, sem dúvida, uma entidade cultural ao serviço do povo e do Concelho de Ílhavo, que muito o dignifica.
Das eleições realizadas em 18 de Junho de 1999, sai vitoriosa uma nova direcção para a Escola de Música Gafanhense, a qual redefine e clarifica a sua situação de coabitação com a Filarmónica Gafanhense, que até então tinha como sede provisória a casa de Dionísio dos Santos Marta, onde se guardava todo o espólio de ambas as colectividades. Foi decidido dar-se um novo rumo à Escola, procedendo-se, assim, à separação definitiva das duas associações.
Tendo estas duas associações diferentes direcções, existia, teoricamente, uma ponte de informação e ligação entre ambas. Era ela Dionísio dos Santos Marta, elemento comum às duas direcções e conhecedor dos diferentes estatutos, ignorados, em parte, pelos sócios da Filarmónica Gafanhense. Os seus directores, os únicos sócios da mesma, eram os músicos executantes, que regiam as duas associações.
Em 24 de Setembro de 2001, Dionísio Claro dos Santos Marta, devido a divergências com o novo presidente da direcção da Filarmónica Gafanhense (Música Velha), eleito em Fevereiro do ano anterior, abandona esta associação e os cargos de director artístico e de presidente da Assembleia Geral da mesma.
Com a separação destas duas instituições, a Filarmónica Gafanhense (Música Velha) volta à estaca zero, no referente ao projecto de construção da sua sede e de ter uma escola de música na sua estrutura, para assim poder contar sempre com mais e melhores executantes.
A partir desta altura, a colectividade recomeçou a trabalhar, no sentido de aumentar a sua credibilidade artística, cultural e social, bem como de servir a população da Gafanha da Nazaré e o Concelho de Ílhavo, com mais amor e dedicação.
Há jovens que por aqui passaram como aprendizes, sendo alguns, presentemente, músicos profissionais, com cursos superiores de música, que muito têm dignificado a nossa terra.
V – A Filarmónica Gafanhense (Música Velha) não pode parar
A Filarmónica Gafanhense não pode parar. Executaram-se várias reformas e houve melhorias nas partes melódicas, harmónicas, percussão e até visual. Entre 1985 a 1990, todo o instrumental foi substituído por novas aquisições, tendo por base o “Lamiré normal”.
Em 2001, após convite formal, assumiu o cargo de director artístico o conhecido músico Arnaldo Manuel Seiça Ribeiro, da Gafanha de Aquém, freguesia de S. Salvador, Ílhavo, onde nasceu em 1957. Iniciou os seus estudos musicais de solfejo e clarinete em 1964, sob orientação de seu pai, músico executante de clarinete na Filarmónica Ilhavense. De 1965 a 1969, frequentou as classes de solfejo e acordeão, sob a orientação da professora Rosa da Silva Matos, participando, enquanto aluno desta professora, em espectáculos públicos, em diferentes localidades. Entre os anos de 1969 a 1971, integrou a Banda dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo (Música Nova), como executante de clarinete, sob a direcção de Luís Catão. Em 1980, ingressa no Conservatório de Música de Aveiro “Calouste Gulbenkian”, na classe de piano e composição. Entre os anos de 1971 e 1999, integra grupos musicais de diferentes estilos, tendo efectuado diversos concertos por todo o País.
Participou em vários festivais de música ligeira, como compositor e intérprete, tendo efectuado inúmeros registos, gravando discos e participando em espectáculos ao vivo, com cantores de música ligeira. Leccionou a disciplina de Expressão e Educação Musical no ensino oficial desde 1981, tendo sido professor titular da classe de Acordeão no Conservatório de Aveiro, entre 1986 a 1989. Em paralelo, tem desenvolvido funções pedagógicas nas áreas da formação musical, em piano, órgão e acordeão. Frequentou o Curso de Direcção de Bandas com o professor Robert Houlihan.
A partir de Novembro de 2003, Fernando Manuel Tavares Lages, nascido a 18 de Junho de 1962, na Freguesia da Junqueira, Concelho de Vale de Cambra, assumiu a direcção artística da Filarmónica Gafanhense. Iniciou os seus estudos musicais na banda da sua terra, com 13 anos de idade, tendo ingressado na Banda de Música da então Região Militar Centro, sedeada em Coimbra, em 1979, aos 17 anos, como voluntário, onde permaneceu até 1982.
Durante vários anos passou por outras bandas militares e em 1998 foi convidado a assumir a direcção artística da Banda Recreativa União Pinheirense, onde permaneceu durante quatro anos. Em 2002, frequentou o curso de direcção de banda orientado pelos professores Robert Houlihan, Adelino Mota e Carlos Marques.
VI – A Filarmónica Gafanhense (Música Velha)
No âmbito de uma parceria estabelecida com a Câmara Municipal de Ílhavo e do reconhecimento da capacidade de a colectividade assumir e gerir compromissos de relevância cultural, a autarquia ilhavense concedeu, em Março de 2005, em sessão solene, à FILARMÓNICA GAFANHENSE (Música Velha), a Medalha de Ouro do Concelho, sendo a mais alta condecoração Municipal entregue a esta instituição.
Os dirigentes, executantes e sócios, tal como os autarcas do Concelho de Ílhavo, anseiam por uma sede social condigna para que esta colectividade, a mais antiga da região, possa, num futuro próximo, satisfazer os seus objectivos ligados à cultura musical. Sempre no sentido de cada vez mais procurar novos e grandes valores para a música, e de continuar a animar culturalmente a terra que a acolheu e o concelho a que pertence, e não só, durante muitos anos.
No dia 14 de Março de 2006 foram eleitos os novos membros dos órgãos sociais, para o biénio 2006-2007, numa perspectiva de prosseguir o trabalho até ao presente desenvolvido, apostando, no entanto, em acompanhar a dinâmica dos tempos que correm, para bem da cultura musical. Os cargos ficaram assim distribuídos:
Assembleia Geral
Presidente, Pedro Jorge Jesus Bola
1º Secretário, João Paulo da Silva Nunes
2º Secretário, António Fernandes Teixeira
Conselho Fiscal
Presidente, Manuel Santos Ribeiro
Secretário, Pedro Manuel Lourenço Santos
Vogal, Marco José Pereira Santos
Direcção
Presidente, Carlos Sarabando Bola
Vice-presidente, Paulo Renato Jesus Bola
Secretário, Ana Paula Jesus Bola
Tesoureiro, Alcino Marçalo Santos Patoilo
Vogal, António Manuel Bernardino Santos
Suplentes
João Fernandes Teixeira
Paulo Sérgio Oliveira Soares
Pedro Manuel Gonçalves Ferreira
Rosa Maria Nunes Paiva
Hélio Ribau das Neves
É justo salientar, ainda, que em Outubro de 2006 a Filarmónica Gafanhense foi inscrita no INATEL, ficando com o nº 4966. E em 2007, além do seu maestro Fernando Manuel Tavares Lages, a Filarmónica é constituída por 40 executantes, com idades compreendidas entre os nove e os 73 anos, distribuídos pelos mais diversos instrumentos.
A formação de novos músicos está entregue aos professores Ricardo Paulo Ferreira Constantino, João Fernandes Teixeira, Paulo Renato Jesus Bola e Alcino Marçalo Santos Patoilo.
VII – Reconhecimento feito pelo CMI – atribuição de Medalha de Mérito
Em Abril de 2007, feriado Municipal de Ílhavo é atribuída a Medalha de Mérito Cultural em Prata ao cidadão e músico executante da Banda da Filarmónica Gafanhense (Música Velha), Senhor JOSÉ RODRIGO DA SILVA TORRÃO, pelos seus 52 anos de músico daquela Instituição
VIII – Grupo Coral da Filarmónica Gafanhense (Música Velha)
Em Abril de 2008, pela primeira vez, a Filarmónica Gafanhense, apresenta-se em público com o seu grupo coral, composto por cerca de quarenta Mulheres e Homens, iniciando a sua actividade conjunta no concerto realizado na inauguração do CENTRO CULTURAL DE ÍLHAVO, tendo como responsável a Prof. Eva Cristina Ribau, que muito tem contribuído para o sucesso e êxito deste coral, tendo-se realizado ao longo dos anos vários concertos de Natal e outras festividades.
IX – Declaração de Utilidade Pública
Pelo Despacho nº 14844/2009, publicado no Diário da República, 2ª Série Nº 126 de 2 de Julho de 2009, a Filarmónica Gafanhense, associação de direito privada, foi contemplada com a Declaração de Utilidade Pública nos termos do Decreto-Lei nº 460/77, de 7 de Novembro, com a redacção dada pelo Decreto-Lei nº 392/2007, de 13 de Dezembro.
X – Novo Director Artístico da Filarmónica Gafanhense
Em Fevereiro de 2011 é convidado novo Director Artístico para
Dirigir os destinos da Filarmónica Gafanhense (Música Velha) o Professor JORGE PAULO MARGAÇA DOMINGUES, natural da Mamarrosa, nascido a 15 de Novembro de 1971.
Iniciou os estudos musicais aos oito anos de idade com o seu tio Álvaro Ferreira. Aos onze anos, matricula-se no Conservatório de Música de Aveiro, onde concluiu em 1990 o curso complementar de Trompete, na classe do professor Kevin Wauldron. Mais tarde, no Conservatório de Música do Porto, obteve o Curso Completo de Trompete, pela Experiência Pedagógica de 1971.
Tem-se apresentado em público com a Orquestra de Metais e Percussão do Porto e Sollemnium Concentus, ambos dirigidos pelo Dr. Ferreira dos Santos; com a Orquestra de Câmara de Aveiro, dirigida pelo maestro Duarte Neves, com o Grupo de Instrumentos de Sopro de Coimbra e ainda com vários agrupamentos de câmara, nomeadamente com os organistas António Mário e Nuno Alexandrino.
Em 1992, foi convidado a participar como solista no Grupo de Instrumentos de Sopro de Coimbra, em digressão a Espanha, França e Itália.
Em 1993 e 1994, ministrou cursos de formação para jovens músicos, a convite do Inatel de Coimbra.
Foi director artístico da Orquestra de Metais e Percussão do Conservatório de Música de Aveiro e da Orquestra Ligeira do Conservatório de Música de Coimbra, de 1994 a 1998.
Desempenha funções docentes, nas classes de Trompete e Música de Câmara, nos Conservatórios de Música de Aveiro, Coimbra, David de Sousa - Figueira da Foz, Regional de Coimbra, no Colégio São-Teotónio em Coimbra e na “Oficina de Música” de Aveiro.
Durante vários anos foi orientador do Brass Ensemble, Grupo de Metais do Centro, com o qual realizou concertos por todo o País.
XI – ACTUALIZAÇÃO DA DIRECÇÃO DA FILARMÓNICA GAFANHENSE (MÚSICA Velha)
Na Assembleia Geral realizada em Fevereiro de 2008 foi apresentada uma nova lista para os corpos sociais da Instituição, para dirigirem os destinos da Instituição, tendo sido eleita por maioria com um voto em branco e um voto nulo, para o biénio 2008/2009, os seguintes associados:
Assembleia Geral
Presidente, Pedro Jorge Jesus Bola
1º Secretário, Dinis da Rocha Gandarinho
2º Secretário, António Fernandes Teixeira
Conselho Fiscal
Presidente, Manuel dos Santos Ribeiro
Secretário, Pedro Manuel Lourenço Santos
Vogal, Dário Jorge Martins Camilo
Direcção
Presidente, Carlos Sarabando Bola
Vice-presidente, Paulo Renato Jesus Bola
Secretário, Ana Paula Jesus Bola
Tesoureiro, Alcino Marçalo Santos Patoilo
Vogal, João Fernandes Teixeira
Suplentes
António Manuel Bernardino Santos
Paulo Sérgio Oliveira Soares
Hélio Ribau das Neves
Oliveiros José Bola Marçalo
António Abílio Soares Afonso
XII – CRIAÇÃO DA PRÓPRIA ESCOLA DE MÚSICA
Havendo necessidade de dar continuidade à formação de jovens músicos e como não houve possibilidades de contar com a participação na formação com a Escola de Música Gafanhense, uma vez que foi criada com o objectivo de ensinar e formar jovens músicos para a banda Filarmónica Gafanhense, conforme consta do objecto social daquela escola, em Outubro de 2012 a Filarmónica Gafanhense - Música Velha, criou a sua própria escola para ensinar e formar novos jovens músicos, contando com cerca de uma dezena de crianças de várias idades para aprenderem.
XIII – ACTUALIZAÇÃO DA DIRECÇÃO DA FILARMÓNICA GAFANHENSE (MÚSICA VELHA)
Na Assembleia Geral realizada no dia 23 de Fevereiro de 2013, foi actualizada a direcção da banda para os términos do biénio de 2012/2013, motivado pelo falecimento e pedido de demissão de alguns elementos, sendo substituídos pelos suplentes que se seguiam na lista, ficando a direcção constituída pelos seguintes associados:
Assembleia Geral
Presidente, Pedro Jorge Jesus Bola
1º Secretário, Dinis da Rocha Gandarinho
2º Secretário, António Fernandes Teixeira
Conselho Fiscal
Presidente, José Alberto Branco das Neves
Secretário, Pedro Manuel Lourenço Santos
Vogal, Paulo Sérgio Oliveira Soares
Direcção
Presidente, Carlos Sarabando Bola
Vice-presidente, Paulo Renato Jesus Bola
Secretário, Ana Paula Jesus Bola
Tesoureiro, Alcino Marçalo Santos Patoilo
Vogal, João Fernandes Teixeira
Suplentes
Oliveiros José Bola Marçalo
António Abílio Soares Afonso
Hélio Ribau das Neves
José Ribau Teixeira